quinta-feira, junho 26, 2008

O dia em que os Adwords me traíram

Ontem, eu estava comentando o texto da postagem sobre "The Tudors" com uns amigos que (não sei porque cargas d´água) gostam de comentar blogs por e-mail. Foi quando me deparei com o seguinte "anúncio":


Se alguém quiser saber tudo sobre séries e novelas, vai assinar Época???


Mas se quiser saber tudo sobre o nada, melhor continuar a ler o AVT.

quarta-feira, junho 25, 2008

The Tudors

A sugestão é pra quem curte história e séries bem produzidas:




The Tudors foi lançado no ano passado, pelo canal "Showtime" (que faz séries excelentes, como Dexter). No Brasil, é transmitida pelo "People and Arts" e se prepara para a estréia da segunda temporada. Conta a história (ou parte dela) de Henrique VIII, polêmico rei inglês (o segundo da Dinastia Tudor), que assume o trono por volta de 1509 . Pra quem não se lembra, trata-se daquele rei que se casou com Catarina de Aragão (belíssima e inteligente princesa espanhola), mas diante da dificuldade dela em gerar um filho homem e do interesse súbito dele pela nobre Ana Bolena, pediu o divórcio. Porém, este lhe foi negado pela igreja católica, fazendo com que Henrique VIII criasse a religião anglicana.
Como se percebe, Henrique VIII foi um rei mulherengo e isso é evidenciado em The Tudors. Estima-se que só com Ana Bolena sejam 120 min de cenas de sexo (mas pra quem se incomoda, o canal "People and Arts" exibe uma versão censurada nas quartas-feiras). Além da pornografia gratuita (ou não, considerando-se a história e a época), uma crítica que se faz é a falta de fidedignidade com a história original: duvidosos sincronismos de acontecimentos, papados adiantados e a forma um tanto atlética do rei. Este, inclusive, é um dos assuntos mais comentados. Segundo Rhys Meyers, intérprete de Henrique VIII, em entrevista ao Sunday Times (Londres),
"Ninguém quer ver um drama histórico com um barbudo que pesa 100 quilos. Heróis não têm essa aparência".

Talvez, o que ele tenha querido dizer é que ninguém quer ver uma cena de sexo com um barbudo que pesa 100 kg.
"De qualquer forma", rei gordo ou rei sarado, esta não é uma crítica ao culto ao corpo da sociedade contemporânea e nem à falta de fidedignidade que faz os mesmos xiitas reclamarem das "cataratas do Iguaçu na floresta amazônica de Indiana Jones". Esta é para recomendar uma série (entretenimento) muito bem feita, bem produzida, com ótimas interpretações e fotografia. Não se trata de um documento histórico.


Falando nisso...


Neste ano, deve sair um filme sobre Ana Bolena, com Natalie Portman (V de Vingança) no papel principal. Vale relembrar a história (ou novamente, de trechos dela) assistindo a The Tudors.

Foto: divulgação.

terça-feira, junho 17, 2008

Fim dos Tempos


O novo filme de M. Night Shyamalan é o fim dos tempos! Quando o diretor de "O Sexto Sentido", "Sinais", "A Vila","Corpo Fechado" e "Dama na Água" faz um filme horroroso, é de se preocupar. O impressionante desse novo filme é o desperdício de uma idéia genial: suicídios em massa, simultâneos, em várias partes do mundo. Mas vontade mesmo de se matar, tem o espectador, logo após descobrir a causa de tanta tragédia.
Tenta-se, ao longo do filme, reproduzir o ambiente de "Sinais": o perigo está lá fora e os personagens não podem sair. A situação é mais crítica em algum lugar fora dali, o que nem por isso, deixa a situação confortável. A diferença é que em "Sinais" havia um perigo concreto. Os ETs (ou a exibição de parte deles) garantiam o clima tenso do filme e muitos bons sustos. Em "Fim dos Tempos", o perigo é tão abstrato (e tão idiota) que dá até um tom trash. Somado a isso, falta o elemento surpresa. Personagens e trechos da história que prometiam algo mais interessante acabam na mediocridade (inesperada, ao se tratar de Shyamalan). A complexidade da criança de "Sexto Sentido", do padre em "Sinais" e até do vilão de "Corpo Fechado" dão lugar a um protagonista bobo, um esteriótipo de cientista-nerd, mas que pensa pouco diante de respostas tão prontamente oferecidas. As atuações também deixam muito a desejar.
No geral, a trama foi até bem desenvolvida em torno da causa. O problema foi uma causa boba para o desastre, o que resultou em um roteiro fraco.
Em suma, um filme surpreendentemente bobo. Um desperdício de genialidade. Perdoável, afinal, ninguém é perfeito o tempo todo. Mas por enquanto, ficamos sem o lançamento de um bom filme de suspense.

Ficha técnica

Título em Português: Fim dos Tempos
Titulo Original: The Happening
Ano: 2008
Produção, roteiro e direção: M. Night Shyamalan
Elenco: Mark Wahlberg, Zooey Deschanel, John Leguizamo, Joel de la Fuente e Victoria Clark.

quarta-feira, junho 11, 2008

Quintanilhas (1)*

Sobre o dinheiro

Normalmente, quem diz não precisar do dinheiro tem de onde tirar na hora da falta. Normalmente, quem vive pelo dinheiro morre sem nada. E, normalmente, quem sabe precisar do dinheiro costuma ser mais honesto consigo mesmo.


* Em homenagem a Mário Quintana e ao Caderno H.