Crônica do mau hábito
Numa manhã dessas, percebi a gravidade do problema. Enquanto a empregada dizia que havia uns "tchuntchos no vasculhante..." - e eu tentava explicar o certo para ela -, percebi que meu rosto corava, enquanto ela se afastava um pouco atordoada. Senti que era melhor eu ter ido escovar os dentes; passado a manhã inteira bochechando Listerine. Aoaoaoao...
No ônibus, vi que meu problema era mais fácil de ser notado. Lotação, gente muito perto, vidros fechados, todos convidados a entrar no assunto de todos...Que constrangimento! Como as pessoas gostam de falar em ônibus! Reclamam do "tráfico nas ruas, da complacência da polícia com os bandidos, da segurança que tinha há dez anos atrás..." Não tem jeito de fugir do assunto! "Daqui a pouco, alguém vem pedir minha opinião". Notei alguns senhores fingindo que dormiam, mas quem é o doido que dorme em pé? Não daria certo. E se eu colocasse uma pastilha bem grande de menta na boca?" Foi o que eu fiz. Durante algum tempo, me controlei. Mas depois, acabei abrindo a minha boca. Não só a senhora já me achava desagradável quanto o resto dos passageiros.
Desci do ônibus, procurei imediatamente um especialista. Que me atrasasse o trabalho, mas precisava me livrar daquele mal! Hesitei um pouco antes de entrar, porque este especialista é o tipo daquele que a gente passa a vida evitando. Feito o exame, ele disse: "você não precisa insultar todo mundo que comete um erro de Português. Aprenda a se controlar! Pior do que falar errado, é escrever um texto sem coesão".
Então, percebi que havia problemas piores. Agora, meu problema é só com quem fala em terceira pessoa.
Se você também anda evitando o especialista,desista. Mais cedo ou mais tarde, você vai precisar dele. Vou facilitar para você e indicar um dos melhores. É rápido e indolor, vai por mim. Depois dele, você e os outros poderão abrir a boca sem medo de ser feliz!
No ônibus, vi que meu problema era mais fácil de ser notado. Lotação, gente muito perto, vidros fechados, todos convidados a entrar no assunto de todos...Que constrangimento! Como as pessoas gostam de falar em ônibus! Reclamam do "tráfico nas ruas, da complacência da polícia com os bandidos, da segurança que tinha há dez anos atrás..." Não tem jeito de fugir do assunto! "Daqui a pouco, alguém vem pedir minha opinião". Notei alguns senhores fingindo que dormiam, mas quem é o doido que dorme em pé? Não daria certo. E se eu colocasse uma pastilha bem grande de menta na boca?" Foi o que eu fiz. Durante algum tempo, me controlei. Mas depois, acabei abrindo a minha boca. Não só a senhora já me achava desagradável quanto o resto dos passageiros.
Desci do ônibus, procurei imediatamente um especialista. Que me atrasasse o trabalho, mas precisava me livrar daquele mal! Hesitei um pouco antes de entrar, porque este especialista é o tipo daquele que a gente passa a vida evitando. Feito o exame, ele disse: "você não precisa insultar todo mundo que comete um erro de Português. Aprenda a se controlar! Pior do que falar errado, é escrever um texto sem coesão".
Então, percebi que havia problemas piores. Agora, meu problema é só com quem fala em terceira pessoa.
Se você também anda evitando o especialista,desista. Mais cedo ou mais tarde, você vai precisar dele. Vou facilitar para você e indicar um dos melhores. É rápido e indolor, vai por mim. Depois dele, você e os outros poderão abrir a boca sem medo de ser feliz!
4 Comments:
Eu não vou no especialista pq senão ele vai dizer que estou em fase terminal e vai querer me internar para fazer um tratamento de choque.
Fiquei preocupada.. juro! rs..
Desse jeito vai ter q fazer pós graduação em Letras mesmo hein! hehe..
A Rafa adorou mto esse texto!! hahahahah
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