quarta-feira, maio 07, 2008

Depois de Heroes, o CSI brasileiro

Não há quem ainda não tenha comentado o caso Isabela. Como lembrou o Caio, é o Brasil inteiro brincando de CSI. (Somos experientes nisso. Já tivemos o Heroes nacional, com a novela Caminhos do Coração, da Record; O Desperate Housewives, o "Donas de Casa Desesperadas", da Rede TV...) Mais do que isso, foi uma oportunidade de aparecer na televisão, mesmo que a inscrição tenha sido recusada no BBB8. Mas, para alguns, é o medo de mais um caso de impunidade, a mesma sensação sentida por alguns setores da sociedade após a absolvição de um dos supostos mandantes do assassinato da religiosa Dorothy Stang.

De fato, é preciso reduzir a sensação de impunidade, o que se consegue apenas reduzindo-a de fato. Não adianta tentar criar uma imagem de polícia ou justiça eficientes, se não há uma mudança estrutural que realmente as configurem como tal.

No caso Isabela, a primeira coisa que me chamou a atenção foi a imagem da atuação da polícia e do crime em si. Tratou-se de um assassinato muito burro e de uma polícia muito eficiente. E talvez, tenha sido. Mas atualmente, acho que os "muito" foram o problema. Eu admito meu preconceito, desconfiando da rapidez que os laudos apareceram e o caso demonstrava-se solucionado. (Já a burrice humana não é novidade nem preconceito de ninguém)

O bom de se ter uma polícia eficiente em evidência, é a mensagem implícita: "não existe crime perfeito. Então, nem tente fazer bobagem." E o país vive mesmo a fase da "super polícia": no campo técnico, os peritos são rápidos e no campo da força, o Bope vem aí pra lhe mostrar que "a sociedade está segura". Mas a super polícia não erra?



Nas postagens abaixo, falei um pouco do caso Isabela, analisando a ação da imprensa e da assessoria da polícia.

No geral, isso resume o que eu penso sobre o caso (a menos, por agora):

Quando falamos do caso como o CSI brasileiro, lembrei: de seriado a seriado, como seria bom um Dexter para dar uma limpa no Brasil. Ainda bem que o critério dele é "assassinos" pq se fosse "incompetentes" ou "oportunistas" ele precisaria de ajudantes.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Mas vale lembrar que quase não adianta nada a perícia usar artefatos de última geração. Afinal, a atitude genial de deixar o apartamento ABERTO após o crime já poderia por si sí comprometer toda a investigação.

10:42 AM  

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