segunda-feira, agosto 06, 2007

Música

Melhor se fosse na faixa de Gaza

Eu não sei se as pessoas são bem humoradas ou se são ruins de natureza. O grupo Spice Girls resolveu se unir novamente. Melanie B processava Eddie Murph por ele não assumir a paternidade do filho que tem com ela; Melanie C jogava moeda pra cima para saber se era lésbica ou não ("coroa, eu sou lésbica; cara, eu sou homem"); Victoria Adams (agora Beckham) lutava para provar que suas pernas não tem efeito de photoshop (mesmo depois de ser mãe algumas vezes), Emma Bunton e Geri Halliwel viraram tamanduá depois de gravarem CD solo (alguém se lembra de 2 músicas delas?) ...Como visto, elas não tinham muita coisa para fazer. Como todos os grandes nomes que já fizeram sucesso um dia, quando a conta bancária dá uma esvaziada singela, a banda se une novamente, faz umas turnês, arrecadam uns trocados e se separam novamente.
Até aí, nada de anormal. Genial foi a campanha de lançamento da nova turnê, a que vai eleger a "Spice City": cidade mais votada pela internet, aquela que irá sediar um show extra da banda. Qual é a mais votada por enquanto? Bagdá. Se havia uma chance de ser uma ação inofensiva, a assessoria de imprensa da banda deu o incentivo que faltava: "as meninas farão show em qualquer lugar mais votado. Que seja Bagdá ou a Antárdida!"
Imagina se a moda pega? Se toda a banda que fosse lançar CD fizesse uma votação para eleger a "cidade do show extra"? Eu ia fazer questão de gerenciar um site desses! Pense aí:

"Onde você quer que o Armandinho vá tocar?"
Na p...iu!

domingo, agosto 05, 2007

Política

Senadores defendem criação de novos estados

Para desenvolver regiões do norte e nordeste, projetos em votação no Congresso sugerem a criação de 6 novos estados e 4 novos territórios, com custo inicial de aproximadamente R$ 6 bilhões. De acordo com defensores, como o senador Mozarildo Cavalcanti (PP-RR), os projetos visam a solucionar a enorme distância entre os municípios e as capitais, o que dificulta o desenvolvimento de algumas regiões do país. Cada um desses novos estados teria uma sede de governo, com secretarias estaduais e órgãos de prestação de serviços públicos, além da Construção da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Justiça, do de Contas e outras unidades do Judiciário. Isso significaria uma aumento de 18 senadores, cerca de 40 deputados federais e 120 estaduais. Somados os 6 estados, seriam gastos aproximadamente R$ 600 milhões ao ano.

Se aprovados os projetos, o estado do Pará, por exemplo, ficaria divido em 3: Carajás, Tapajós e só Deus sabe o terceiro. O estado do Maranhão do Sul, Mato Grosso do Norte e São Francisco também fazem parte dos planos para novos estados.

Sorte minha ter estudado Geografia há anos! Imaginem a dificuldade das crianças em decorar todos os novos estados? Alguns já custam a se lembrar dos velhos! Já imagino uma prova de 1º grau, com aquele mapa sem nomes, onde as crianças devem identificar os estados do Brasil. "Calamitoso, Epidêmico e Miserável". Estados do Brasil, está correto! Dez pra ele!
Outro menino escreve lá: Maracutaia (que pega um pedaço de Brasília e outro do DF), Maculelê da Pindaíba do Norte (parte da Bahia com norte de Minas), São João do Pipoco (Rio de Janeiro com São Paulo)..."Esses são novos, professora. O Governo criou ontem." Tá certo, tá certo...
E qual o seu estado, Joãozinho? "Confuso, professora". Não, o Estado em que você mora... "Era Minas Gerais. Agora, não sei...Mas já sei o que vou querer ser quando eu crescer lá: político." Bom...Emprego, não vai lhe faltar, né? Melhor do que ser professora de Geografia.

Mas as perguntas que não querem calar são: Qual será o estado das dívidas públicas no país? O sul do Brasil aproveitará a onda de emancipação para se anexar à Europa? E o principal: conseguiremos criar tantos estados sem envolver nenhum escândalo de corrupção?
Essas já são cenas do próximo capítulo...